Planejamentos

Texto “O trabalho nas minas”

Aprender sobre os "verbos de definição" para reconhecer a descrição de características de objetos e processos.

  • Fazer esquemas a partir do vocabulário do texto
  • Elaborar representações esquemáticas – diagrama de enlace
  • Verbos de definição, descrição e existência
  • Participantes não humanos
  • EF04HI01 - Reconhecer a história como resultado da ação do ser humano no tempo e no espaço.
  • EF04HI05 - Relacionar os processos de ocupação do campo a intervenções na natureza, avaliando os resultados dessas intervenções.
Passo 1

Definir os objetivos de aprendizagem

A partir da leitura desse texto, espera-se que os alunos conheçam o modo como ocorria a exploração de metais e pedras nas minas localizadas tanto nos leitos dos rios quantos nas encostas dos morros. Para isso, devem identificar em que consistiam os diferentes processos de extração, quem os realizava e que instrumentos eram utilizados.

Texto

O trabalho nas minas

No Brasil, ouro e pedras preciosas foram encontrados em leitos de rios, em encostas e morros.

O ouro ou as pedras preciosas extraídos dos rios eram de aluvião, isto é, estavam misturados com areia e cascalho. Para separá-los, os escravizados utilizavam a bateia, uma vasilha rasa parecida com um prato grande. Com ela, retiravam do rio uma porção de cascalho e água. Balançando e girando a bateia, conseguiam separar o ouro ou as pedras preciosas, que ficavam depositados no fundo.

A extração de ouro e pedras preciosas das encostas de morros era feita de outra maneira. Para extrair o chamado ouro ou pedras de lavras, os africanos escravizados usavam picaretas. Com elas, retiravam torrões de terra ou pedaços de rocha que continham ouro ou pedras preciosas. A exploração era difícil e precisava de muitos trabalhadores. Além disso, havia vários riscos, como o de desmoronamentos.

Fonte: 

EDIÇÕES SM. Aprender Juntos: Ciências, História e Geografia. 4º ano, 1ª edição. p. 93. São Paulo, SP, 2017.

Relação do texto com a BNCC de História

O texto oferece oportunidades para que os alunos continuem aprofundando sua compreensão de que a História é resultado das ações de diferentes grupos humanos, em tempos e lugares específicos (EF04HI01). Neste caso, as contínuas tentativas dos colonizadores, à procura de metais preciosos ao longo de séculos, foram as ações que iniciaram um período de intensa exploração mineira em regiões que hoje pertencem aos estados de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso, transformando o destino das populações envolvidas e o modo de vida nesses territórios.

Conforme estudado no planejamento anterior, a mineração dependia da mão de obra de pessoas escravizadas, que realizavam as atividades de extração nos leitos de rios e nas encostas de morros, tornando possível a geração de riquezas para os portugueses. Ao reconhecer as conexões entre tais processos, os alunos podem refletir sobre a exploração mineira como uma intervenção na natureza que teve resultados positivos para alguns (os portugueses) e negativos para outros, pois os riscos da extração recaíam maioritariamente nas pessoas negras, escravizadas nesses locais (EF04HI05).

Código BNCC Habilidade da área de História
EF04HI01 Reconhecer a história como resultado da ação do ser humano no tempo e no espaço, com base na identificação de mudanças e permanências ao longo do tempo.
EF04HI05 Relacionar os processos de ocupação do campo a intervenções na natureza, avaliando os resultados dessas intervenções.

Relação das atividades com a BNCC de Língua Portuguesa

Conforme será detalhado nos próximos passos, as atividades que propomos para ensinar e aprender a estudar textos, além de favorecer a apropriação de conhecimentos históricos, contribuem para alcançar objetivos previstos nas diretrizes da área de Língua Portuguesa. 

Na medida em que os alunos são convidados a participar da leitura, comentário e análise de textos, espera-se que desenvolvam também conhecimentos letrados próprios dos campos de estudo e pesquisa, incluindo os eixos de:

  • Oralidade
  • Análise linguística/semiótica
  • Leitura/escuta
  • Produção de textos
Passo 2

Entender o texto para ensinar melhor

Para tomar decisões sobre como organizar o trabalho pedagógico em torno da leitura de um determinado texto, é importante atentar-se não só ao conteúdo histórico estudado, como também à forma em que ele é apresentado.

A partir de uma análise minuciosa das características da linguagem de cada texto, como a que apresentamos a seguir, é possível antecipar intervenções produtivas a serem incorporadas no seu planejamento.

Veja o resultado da anotação do texto

Depois de analisar detalhadamente o texto “O trabalho nas minas”, sugerimos elaborar um quadro de síntese que ajude a visualizar a relação entre conteúdo e linguagem que estará em jogo durante as atividades de leitura.

Veja o quadro de análise desse texto

Conforme pode ser visto no quadro acima, entre os PARTICIPANTES, há duas expressões usadas para referir-se ao mesmo coletivo humano, responsável pela maior parte das ações relatadas no texto: “os escravizados” e “os africanos escravizados”. Contudo, predominam também os eventos protagonizados por entidades não humanas:

  • tanto objetos concretos (“ouro e pedras preciosas”),
  • quanto processos (“extração” e de “exploração”).

Os ACONTECIMENTOS descrevem os lugares onde foram encontrados metais preciosos e o modo como ocorria o processo de extração em cada um desses locais. Destaca-se o uso de verbos descritivos para introduzir tais características:

  • eram de aluvião”
  • foram encontrados em leitos de rios”
  • estavam misturados”
  • era difícil”
  • havia vários riscos”

Também é possível reconhecer a presença de verbos de ação para informar sobre as atividades realizadas pelas pessoas escravizadas, utilizando os objetos descritos anteriormente e os processos apresentados.

No texto, encontramos apenas uma expressão de finalidade que explicita a motivação CAUSAL do uso de um determinado instrumento na extração de ouro nas encostas dos morros: “Para extrair o chamado ouro ou pedras de lavras, os africanos escravizados usavam picaretas”.

Saiba mais

Para entender melhor as características do texto, alguns conceitos podem ser úteis.

1. Verbos de definição, descrição e existência: São aqueles que permitem caracterizar estados ou modos de ser, bem como informar a existência de participantes. Observemos os exemplos a seguir:

MODERNA. Projeto Buriti – História. 4º ano, 1ª edição. p. 98. São Paulo, SP, 2011.

No primeiro enunciado, o verbo “eram” introduz a descrição das principais atividades dos vaqueiros e, no segundo, apresenta uma definição dos fábricas como ajudantes desses participantes. Por fim, o mesmo verbo serve para expor uma característica que vaqueiros e fábricas tinham em comum: eram, em sua maioria, homens livres. Em todos os casos, o texto estabelece relações de equivalência entre as informações que o verbo conecta.

MODERNA. Projeto Buriti – História. 5º ano, 1ª edição. p. 26. São Paulo, SP, 2011.

Já no segundo exemplo, os verbos informam a existência de participantes.

Tanto os verbos de descrição/definição quanto os de existência (“ser”, “estar”, “ter” e “haver”) são utilizados para apresentar informação contextual.

2. Participantes não humanos: Os nomes ou grupos nominais são utilizados para indicar sobre quem ou sobre o que se fala (informa, relata, descreve, explica) em cada enunciado do texto. No projeto Aprender a Estudar Textos, optamos por colocar em destaque somente os participantes que se encontram em posição de "tema", isto é, localizados no ponto de partida de cada oração. Vejamos no seguinte exemplo:

MODERNA. Projeto Buriti – História. 5º ano, 1ª edição. p. 94. São Paulo, SP, 2011.

Além de indivíduos (como “Getúlio Vargas”) e coletivos humanos (como “os trabalhadores” e “os empresários”), também é possível encontrar entidades “não humanas” que protagonizam os acontecimentos narrados. Trata-se de participantes:

  • concretos, ou seja, que correspondem a objetos do mundo físico (uma “Constituição” e “O petróleo”);
  • e abstratos, que podem se referir a conceitos, relações ou processos (“o Estado Novo” e “O governo de Vargas”).
Passo 3

Usar a linguagem para melhorar compreensão

O texto “O trabalho nas minas” pode ser considerado um relato descritivo, pois ao longo de sua estrutura:

  • apresenta as características dos lugares onde foram encontrados os metais preciosos (“os leitos de rios e as encostas de morros”), bem como do ouro e das pedras achados nos rios (“eram de aluvião”, ou seja, misturados com areia e cascalho);
  • define o que era a bateia (“uma vasilha rasa parecida com um prato grande”), especifica sua principal função (separar os metais e pedras do cascalho) e lista as ações necessárias para utilizá-la (“balançar e girar” até deixar os metais no fundo);
  • descreve como era o processo de extração nos morros (“era difícil”, “precisava de muitos trabalhadores”, “havia riscos”), a finalidade do uso de picaretas (“com elas, retiravam pedaços de rocha”) e um exemplo dos riscos enfrentados pelas pessoas escravizadas nesse contexto (“o de desmoronamentos”).

Um dos desafios para os alunos será utilizar as informações apresentadas sobre os dois modos de extração para estabelecer comparações entre eles.

Passo 4

Juntando as peças do quebra-cabeça

A seguir, propomos um conjunto de atividades a serem realizadas antes, durante e depois da leitura do texto "O trabalho nas minas", considerando os aspectos da linguagem que foram analisados nos passos anteriores.

Para te ajudar a enriquecer a implementação das atividades na prática, disponibilizamos explicações detalhadas e exemplos de perguntas-guia para cada etapa proposta.

Ao final da página, você poderá baixar gratuitamente os materiais necessários para o trabalho em sala de aula.

Antes da leitura

Como preparar os alunos para aprender com o texto?

Atividades para realizar em sala de aula

  • Pensar no texto a partir do título e das imagens:
    • Quem é representado nessa pintura? O que os diferentes personagens estão fazendo?
    • Em que se parece com o que foi observado na gravura do texto anterior?
  • Listar dúvidas, conjecturas e perguntas sobre o tema.
  • Definir conceitos-chave: Ler o conceito apresentado no box informativo (“PICARETA”) e incorporá-lo nas perguntas ou antecipações formuladas anteriormente.
Organização da turma Materiais
Realização de forma coletiva
  • Texto original.
  • Lousa ou cartaz para registrar as questões e conjecturas dos alunos.

Por isso, as perguntas e intervenções do professor devem:

  • Mobilizar o que os alunos já sabem, a fim de ancorar o estudo do texto nos seus conhecimentos prévios.
  • Ajudar a explicitar as dúvidas e curiosidades dos alunos sobre o conteúdo.

Dessa forma, é possível criar um propósito compartilhado para a leitura que oriente a recepção geral do texto.

Listar dúvidas, conjecturas e perguntas sobre o tema

Os diálogos em torno do conhecimento ou experiências prévias dos alunos sobre tema, título, imagens, etc. criam contextos que estimulam a formulação de perguntas, dúvidas e conjecturas que podem ser registradas em uma lista. Esse registro inicial marca o começo do percurso compreensivo empreendido sobre o texto e pode servir para guiar a leitura e, posteriormente, para verificar as aprendizagens alcançadas.

Envolver os alunos em conversas que incitem a sua curiosidade em relação às informações apresentadas no texto ajuda a criar um terreno fértil para a apropriação de novos conhecimentos.

Durante a leitura

Como ler em voz alta para favorecer a compreensão?

Atividades para realizar em sala de aula

  • Realizar uma leitura expressiva, em voz alta, do texto:
    • colocando em destaque os enlaces referenciais (“com ela” – a bateia, “com elas” – as picaretas);
    • enfatizando as palavras e expressões que indicam relações de finalidade (“para separá-los”; “para extrair o chamado ouro”).
  • Retomar as principais informações apresentadas e identificar a necessidade de releitura do texto, verificando conjuntamente as questões que ainda não foram resolvidas.
Organização da turma Materiais
Realização de forma coletiva
  • Texto original.
  • Lousa e formato para os alunos verificarem as hipóteses e conjecturas registradas antes da leitura.

Para isso, ouvir a leitura em voz alta feita por um leitor mais experiente pode ajudar a focalizar a atenção compartilhada dos alunos sobre o texto. Neste momento, algumas intervenções são importantes:

  • Antecipar formas de usar a sua voz e seus gestos para dar ênfase ao que o texto diz, a como diz, ao que quer dizer.
  • Promover a identificação conjunta de questões que não foram resolvidas e precisam de um estudo mais aprofundado do texto.

Como professor, você já estudou conosco aspectos relacionados ao conteúdo e à linguagem dos textos e, por essa razão, é capaz de ajudar os alunos a explicitar suas incompreensões e formular novas perguntas, motivando-os a participar das atividades de releitura e a realizar anotações no texto.

Realizar uma leitura expressiva, em voz alta, do texto

A leitura em voz alta que propomos é aquela feita pelo professor, que se coloca como modelo de leitor para seus alunos.

Por ter estudado o texto em profundidade e conhecer os objetivos de aprendizagem esperados, o professor consegue enriquecer a leitura com gestos faciais e corporais apropriados, modificando o volume e o tom de voz para ajudar a manter e guiar a atenção dos aprendizes.

O uso intencional da voz, dos gestos faciais e corporais estimula a percepção de maior número de detalhes e o acompanhamento do fluxo da informação e das relações expressas, dando aos alunos a oportunidade de pensar mais e melhor sobre aquilo que está sendo explicado no texto.

Identificar a necessidade de releitura do texto

Após a leitura em voz alta, o professor novamente será o encarregado de agir como modelo de quem formula perguntas ao texto e reconhece aquilo que ainda gera dúvidas, convidando os alunos a participar das atividades de releitura e anotação.

Questões como essa podem ajudar os estudantes a perceber a necessidade de ampliar a sua compreensão do vocabulário, bem como das relações entre as unidades informativas apresentadas no texto (de causalidade, temporalidade, composição, contraste).

Aprofundando a leitura

Como explorar juntos o vocabulário e a estrutura do texto?

Atividades para realizar em sala de aula

  • Quem fez o quê? Onde? Como? Para que? Analisar as relações entre os participantes e os processos-chave
    • Reler o texto em voz alta, com apoio do cartaz ou do texto projetado.
    • Comentar as informações apresentadas em cada parte do texto, destacando o paralelo entre os modos de extração nos leitos de rios e nas encostas de morros.
  • Esquematizar o texto: fazer esquemas a partir do vocabulário do texto
    • Dividir a turma em duplas e entregar cartões manipuláveis com o vocabulário-chave correspondente à primeira ou à segunda parte do texto.
    • Lembrar os alunos sobre os procedimentos de categorização e organização das palavras do texto para produzir esquemas, colocando em destaque o uso do espaço gráfico e de elementos como linhas e flechas.
    • Acompanhar o trabalho das duplas e pedir que os alunos “leiam” seus esquemas em voz alta para verificar as relações estabelecidas.
Organização da turma Materiais
A primeira atividade deve ser realizada de forma coletiva; a segunda, em duplas.
  • Na primeira atividade, você precisará de uma versão do texto “espacializado” ou reformatado em cola et commata (seja uma transcrição na lousa, um cartaz impresso ou uma projeção utilizando datashow). As crianças também devem ter acesso a uma folha com essa versão do texto.
  • Na segunda atividade, cada dupla receberá o vocabulário recortável correspondente à primeira ou à segunda parte do texto, bem como uma folha sulfite para fixar a versão “parcial” do esquema (veja modelos para download ao final da página).

Ao reler os textos com a mediação do professor, os alunos têm a oportunidade de identificar, localizar, anotar e comentar a linguagem utilizada para descrever, relatar, explicar o que aconteceu, com quem, como, por que, etc. Por sua vez, você como professor tem a chance de observar o raciocínio dos alunos para oferecer pistas ajustadas às necessidades de cada um no processo de aprendizagem. 

Para isso, propomos:

  • Retomar e aprofundar a compreensão das questões levantadas antes da primeira leitura desse texto em particular.
  • Colocar em prática um conjunto de procedimentos de análise, tanto do vocabulário quanto da organização do texto, a fim de que os alunos ganhem autonomia para enfrentar a tarefa de ler para aprender.

Esquematizar o texto: fazer esquemas a partir do vocabulário do texto

A manipulação do vocabulário do texto cria oportunidades para os alunos representarem esquematicamente as informações estudadas.

Para isso, devemos preparar cartões com as palavras-chave do texto e sugerir que comecem a formar grupos de palavras a partir da identificação de uma característica que as relaciona ou de um conceito geral ao qual se subordinam. Esta é uma proposta especialmente apropriada para estudar textos de História com estrutura descritiva (como o texto “O trabalho nas minas”).

Observar o desenvolvimento dessa atividade nos oferecerá insumos sobre as associações conceituais que os aprendizes estão elaborando sobre o texto e pode orientar a formulação de novas perguntas sobre o tema em questão.

Após a leitura

Como ajudar os alunos a integrar o que aprenderam com o texto?

Atividades para realizar em sala de aula

Elaborar representações esquemáticas – diagrama de enlace

  • Juntar as duplas que tenham produzido esquemas com o vocabulário de partes diferentes do texto.
  • Propor que, em grupos, os alunos elaborem um novo esquema de síntese que compare os diferentes modos de extração realizadas nas minas. Para isso, os alunos devem:
    • apresentar os esquemas produzidos nas duplas e explicar as relações estabelecidas aos colegas do grupo;
    • selecionar quais são as palavras necessárias para a comparação e quais podem ser mantidas apenas nos esquemas de cada parte;
    • elaborar rascunhos do esquema de síntese antes de chegar a uma versão coletiva final, de forma manuscrita em uma nova folha sulfite ou no caderno.
Organização da turma Materiais
Realização em grupos
  • Vocabulário recortável, em tamanho pequeno, para as crianças manipularem.
  • Folha sulfite ou caderno para fixar a versão final do esquema.

Assim, espera-se que possam:

  • Usar o que compreenderam para reescrever o conteúdo do texto ou representá-lo esquematicamente (por meio de linhas do tempo, diagramas de fluxo, etc.).
  • Apropriar-se da linguagem dos textos na medida em que vão utilizando-a para comunicar o que aprenderam.
  • Explicitar as conquistas alcançadas e identificar aspectos que ainda precisam ser alvo do trabalho educativo.

Para isso é fundamental que o professor dê espaço para os alunos enfrentarem os desafios propostos, sem “atalhos” que os levem a uma resposta aparentemente certa mas que pouco os ajude a estabelecer conexões por si mesmos e explicitar seu próprio raciocínio para consolidar as aprendizagens propiciadas.

Elaborar representações esquemáticas

A produção de esquemas a partir da releitura e comentário do texto gera oportunidades para resolver dúvidas, enfatizar conceitos e relações, estabelecer conexões com informações procedentes de outras fontes e integrar os aprendizados construídos. Além disso, trata-se de um procedimento que ajuda a memorizar aquilo que foi estudado.

Contudo, os alunos do 4º e do 5º ano do Ensino Fundamental ainda estão se iniciando na compreensão dos diversos tipos de representações gráficas utilizadas para comunicar informações históricas. Por isso, é importante que acumulem experiência lendo e elaborando produções dessa natureza com apoio do professor antes de fazê-lo com autonomia (em duplas ou individualmente).

Uma das condições que precisam ser garantidas é mostrar em que consistem e como funcionam a diversidade de representações esquemáticas usadas para expressar relações categoriais, relações causais e relações temporais.

Diagramas de enlace

Os diagramas de enlace servem para representar e analisar relações categoriais, ou seja, indicam a classe ou categoria à qual pertence uma determinada informação. Este tipo de esquema é apropriado para os conteúdos próprios dos relatos descritivos.

No entanto, por meio do uso de linhas e flechas, também podem ser representados trechos que apresentem relações de causalidade entre os acontecimentos. O sentido das flechas, quando necessário, pode informar a direção de: “o que causou o quê?”.

Os diagramas resultantes são comumente chamados organogramas ou diagramas de árvore.