Planejamentos

Texto “Extrair riquezas”

Aprender sobre as palavras que apresentam os “participantes humanos” da História: indivíduos ou coletivos de pessoas.

  • Então, porque, depois, por isso, como – que funções cumprem essas palavras no texto?
  • Converter o texto em lista de palavras
  • Participantes humanos
  • Conexão causal explícita
  • EF04HI05 - Relacionar os processos de ocupação do campo a intervenções na natureza, avaliando os resultados dessas intervenções.
  • EF04HI06 - Identificar as transformações ocorridas nos processos de deslocamento das pessoas e mercadorias, analisando as formas de adaptação ou marginalização.
Passo 1

Definir os objetivos de aprendizagem

A partir da leitura desse texto, espera-se que os alunos compreendam que a exploração de riquezas no território brasileiro começou pela extração do pau-brasil, devido ao valor atribuído pelos europeus aos produtos derivados dessa árvore. Pretende-se, também, que reconheçam em que consistiu a participação dos indígenas nesse processo.

Texto

Extrair riquezas

A extração do pau-brasil

Os portugueses encontraram no Brasil grandes quantidades de uma árvore chamada de pau-brasil. Antes de chegar à América, os europeus já conheciam uma variedade de pau-brasil, originária do Oriente.

O pau-brasil interessou bastante aos portugueses, porque dele se extraía uma tinta avermelhada, usada para tingir tecidos, de muito valor na Europa.

Para proteger essa riqueza contra ataques e interesses estrangeiros, foram criadas as feitorias, que eram postos de administração, geralmente fortificados, que representavam os negócios de Portugal no Brasil.

A mão de obra

Os portugueses usavam o trabalho dos indígenas para cortar o pau-brasil e transportá-lo até os navios que iriam para a Europa. Em troca, os indígenas recebiam tecidos, espelhos e instrumentos feitos de ferro, como machados, espadas e facões.

Os indígenas desconheciam o ferro, por isso esse metal era muito valorizado por eles.

A troca do trabalho dos indígenas pelos objetos trazidos pelos portugueses não envolvia dinheiro, por isso era chamada de escambo.

Fonte: 

MODERNA. Projeto Buriti – História. 4º ano, 3ª edição. p. 54. São Paulo, SP, 2014.

Relação do texto com a BNCC de História

Identificar o modo em que os portugueses iniciaram seu projeto de exploração de riquezas no Brasil oferece oportunidades para que os alunos reflitam sobre a extração de recursos naturais como uma das motivações por trás das intervenções na natureza que acompanharam os processos de ocupação do nosso território (EF04HI05).

Ao compreender que a criação das feitorias teve como finalidade evitar que outros colonizadores europeus tivessem acesso às reservas de pau-brasil, é possível relacionar as ações do governo português às transformações ocorridas em função do deslocamento de pessoas e mercadorias entre ambos continentes (EF04HI06). Além disso, entender as condições da participação indígena nas atividades de extração do pau-brasil, por meio do escambo, também permitirá analisar a marginalização das populações nativas como consequência do estabelecimento do controle português sobre as terras brasileiras.

Código BNCC Habilidade da área de História
EF04HI05 Relacionar os processos de ocupação do campo a intervenções na natureza, avaliando os resultados dessas intervenções.
EF04HI06 Identificar as transformações ocorridas nos processos de deslocamento das pessoas e mercadorias, analisando as formas de adaptação ou marginalização.

Relação das atividades com a BNCC de Língua Portuguesa

Conforme será detalhado nos próximos passos, as atividades que propomos para ensinar e aprender a estudar textos, além de favorecer a apropriação de conhecimentos históricos, contribuem para alcançar objetivos previstos nas diretrizes da área de Língua Portuguesa. 

Na medida em que os alunos são convidados a participar da leitura, comentário e análise de textos, espera-se que desenvolvam também conhecimentos letrados próprios dos campos de estudo e pesquisa, incluindo os eixos de:

  • Oralidade
  • Análise linguística/semiótica
  • Leitura/escuta
  • Produção de textos
Passo 2

Entender o texto para ensinar melhor

Para tomar decisões sobre como organizar o trabalho pedagógico em torno da leitura de um determinado texto, é importante atentar-se não só ao conteúdo histórico estudado, como também à forma em que ele é apresentado.

A partir de uma análise minuciosa das características da linguagem de cada texto, como a que apresentamos a seguir, é possível antecipar intervenções produtivas a serem incorporadas no seu planejamento.

Veja o resultado da anotação do texto

Depois de analisar detalhadamente o texto “Extrair riquezas”, sugerimos elaborar um quadro de síntese que ajude a visualizar a relação entre conteúdo e linguagem que estará em jogo durante as atividades de leitura.

Veja o quadro de análise desse texto

Conforme pode ser visto no quadro acima, os PARTICIPANTES citados ao longo do texto são coletivos humanos: “os portugueses”, “os europeus” e “os indígenas”. Também, encontramos trechos que se referem a outros dois participantes, que não são pessoas ou grupos de pessoas. Trata-se de: “o pau-brasil”, um tipo de árvore, e “a troca do trabalho dos indígenas pelos objetos trazidos pelos portugueses”. Neste último caso, o protagonista é um processo: a troca em si.

Na primeira parte do texto, os principais ACONTECIMENTOS estão relacionados a ações e reações dos portugueses, que ao encontrar grandes quantidades de pau-brasil, reconheceram seu valor econômico. Na segunda parte, o texto relata que os portugueses usaram mão de obra indígena na extração do pau-brasil e que, pelo seu trabalho, os indígenas recebiam tecidos, espelhos e instrumentos de ferro.

As relações de CAUSALIDADE são explicitadas ao longo do texto por meio do uso de verbos e conectores causais. Assim, quando o texto informa que “... o pau-brasil interessou bastante aos portugueses, porque dele se extraía uma tinta avermelhada, usada para tingir tecidos, de muito valor na Europa”, há conexões explícitas que precisam ser desvendadas:

  • Os portugueses já sabiam que era possível extrair do pau-brasil uma tinta avermelhada.
  • A tinta avermelhada extraída do pau-brasil tinha muito valor na Europa.
  • A possibilidade de vender a tinta extraída do pau-brasil foi uma das razões pelas quais os portugueses se interessaram nas terras brasileiras.

Nesse contexto, a expressão “antes de chegar a América” permite localizar no TEMPO o fato de os portugueses terem identificado os usos e valor comercial do pau-brasil na Europa.

O texto estabelece que o trabalho realizado pelos indígenas tinha uma consequência: “Em troca, [...] recebiam recebiam tecidos, espelhos e instrumentos feitos de ferro”. O único motivo citado para explicar a aceitação desses objetos é que: “Os indígenas desconheciam o ferro, por isso esse metal era muito valorizado por eles”.

Por fim, a expressão “para” é utilizada para comunicar a finalidade de diversas ações mencionadas no texto. Por exemplo:

  • Para proteger essa riqueza contra ataques e interesses estrangeiros, foram criadas as feitorias.”
  • “Os portugueses usavam o trabalho dos indígenas para cortar o pau-brasil e transportá-lo até os navios que iriam para a Europa.”

Saiba mais

Para entender melhor as características do texto, alguns conceitos podem ser úteis.

1. Participantes humanos: As palavras que apresentam os participantes (ou seja, quem participou dos acontecimentos que o texto relata, descreve ou explica) podem ser substantivos que se referem a agentes humanos, indivíduos ou coletivos. Vejamos um exemplo.

MODERNA. Projeto Buriti – História. 5º ano, 1ª edição. p. 94. São Paulo, SP, 2011.

Neste fragmento, identificam-se entre os participantes humanos: tanto indivíduos como o “marechal Eurico Gaspar Dutra” e “Getúlio Vargas”, quanto coletivos de pessoas, como “os trabalhadores” e “os empresários”.

Vale destacar que, no projeto Aprender a Estudar Textos, optamos por colocar em destaque somente os participantes em posição de "tema", isto é, localizados no ponto de partida de cada oração.

2. Conexão causal explícita: É aquela que torna evidente ao leitor as relações de causalidade instituídas entre os acontecimentos narrados por meio do uso de palavras ou expressões específicas. Nos exemplos a seguir, vemos uma variedade delas, chamadas conectores causais.

Passo 3

Usar a linguagem para melhorar compreensão

O texto “Extrair riquezas” pode ser considerado uma explicação histórica pois apresenta, principalmente, relações causais entre diversos acontecimentos. Conforme pode ser verificado no diagrama abaixo, o texto aborda várias das questões que uma explicação histórica costuma responder. Por exemplo:

  • Na primeira parte, explicam-se os motivos que levaram os portugueses a se interessarem pela extração do pau-brasil.
  • Na segunda, explica-se como funcionavam os processos de extração e transporte dessa árvore.

Verbos do falar-pensar-sentir (como “interessou” e “desconheciam”), bem como expressões de finalidade (“para tingir...”, “para proteger...”, “para cortar e transportar”), informam algumas das razões que motivaram as intervenções empreendidas pelos portugueses e que resultaram no envolvimento dos indígenas.

Também são utilizadas palavras como “porque”, “por isso” e “em troca” para explicitar as relações de causa e consequência entre os fatos relatados.

Passo 4

Juntando as peças do quebra-cabeça

A seguir, propomos um conjunto de atividades a serem realizadas antes, durante e depois da leitura do texto "Extrair riquezas", considerando os aspectos da linguagem que foram analisados nos passos anteriores.

Para te ajudar a enriquecer a implementação das atividades na prática, disponibilizamos explicações detalhadas e exemplos de perguntas-guia para cada etapa proposta.

Ao final da página, você poderá baixar gratuitamente os materiais necessários para o trabalho em sala de aula.

Antes da leitura

Como preparar os alunos para aprender com o texto?

Atividades para realizar em sala de aula

  • Resumir o que se conhece sobre o tema: Por que os portugueses aprenderam costumes indígenas? Qual era sua principal motivação?
  • Pensar no texto a partir do título, dos subtítulos e das imagens.
  • Listar dúvidas, conjecturas e perguntas sobre o tema: Para que se extraía o pau-brasil? Em que consistia sua exploração? Quem participava?
Organização da turma Materiais
Realização de forma coletiva
  • Texto original.
  • Lousa ou cartaz para registrar as questões e conjecturas dos alunos.

Por isso, as perguntas e intervenções do professor devem:

  • Mobilizar o que os alunos já sabem, a fim de ancorar o estudo do texto nos seus conhecimentos prévios.
  • Ajudar a explicitar as dúvidas e curiosidades dos alunos sobre o conteúdo.

Dessa forma, é possível criar um propósito compartilhado para a leitura que oriente a recepção geral do texto.

Resumir o que se conhece sobre o tema

Nós, professores, podemos ajudar a recuperar as explicações e compreensões que os alunos têm construído sobre o tema antes da leitura, lembrando experiências, narrações, atividades realizadas em sala, etc.

Neste caso específico, uma maneira de iniciar a discussão sobre como os portugueses começaram a "explorar as terras e buscar riquezas” no Brasil é retomando a principal conclusão obtida a partir da leitura do texto “Portugueses e indígenas: os primeiros contatos”.

Relembrar a motivação dos portugueses para aprender costumes indígenas pode trazer insumos para os alunos estabelecerem relações com a extração de riquezas citada no título desse novo texto.

Perguntas como essas, que levam os alunos a sintetizar os conhecimentos estudados previamente, ajudam a contextualizar e gerar expectativas para a aprendizagem de novos conteúdos.

Durante a leitura

Como ler em voz alta para favorecer a compreensão?

Atividades para realizar em sala de aula

  • Realizar uma leitura expressiva, em voz alta, do texto: mudando a entonação para destacar expressões de causalidade e finalidade entre os acontecimentos relatados (“porque”, “para”, “em troca”, “por isso”).
  • Retomar as principais informações apresentadas e identificar a necessidade de releitura do texto, verificando conjuntamente as questões que ainda não foram resolvidas.
Organização da turma Materiais
Realização de forma coletiva
  • Texto original.
  • Lousa ou cartaz para verificar as questões e conjecturas registradas antes da leitura.

Para isso, ouvir a leitura em voz alta feita por um leitor mais experiente pode ajudar a focalizar a atenção compartilhada dos alunos sobre o texto. Neste momento, algumas intervenções são importantes:

  • Antecipar formas de usar a sua voz e seus gestos para dar ênfase ao que o texto diz, a como diz, ao que quer dizer.
  • Promover a identificação conjunta de questões que não foram resolvidas e precisam de um estudo mais aprofundado do texto.

Como professor, você já estudou conosco aspectos relacionados ao conteúdo e à linguagem dos textos e, por essa razão, é capaz de ajudar os alunos a explicitar suas incompreensões e formular novas perguntas, motivando-os a participar das atividades de releitura e a realizar anotações no texto.

Realizar uma leitura expressiva, em voz alta, do texto

A leitura em voz alta que propomos é aquela feita pelo professor, que se coloca como modelo de leitor para seus alunos.

Por ter estudado o texto em profundidade e conhecer os objetivos de aprendizagem esperados, o professor consegue enriquecer a leitura com gestos faciais e corporais apropriados, modificando o volume e o tom de voz para ajudar a manter e guiar a atenção dos aprendizes.

O uso intencional da voz, dos gestos faciais e corporais estimula a percepção de maior número de detalhes e o acompanhamento do fluxo da informação e das relações expressas, dando aos alunos a oportunidade de pensar mais e melhor sobre aquilo que está sendo explicado no texto.

Identificar a necessidade de releitura do texto

Após a leitura em voz alta, o professor novamente será o encarregado de agir como modelo de quem formula perguntas ao texto e reconhece aquilo que ainda gera dúvidas, convidando os alunos a participar das atividades de releitura e anotação.

Questões como essa podem ajudar os estudantes a perceber a necessidade de ampliar a sua compreensão do vocabulário, bem como das relações entre as unidades informativas apresentadas no texto (de causalidade, temporalidade, composição, contraste).

Aprofundando a leitura

Como explorar juntos o vocabulário e a estrutura do texto?

Atividades para realizar em sala de aula

Então, porque, depois, por isso, como – que funções cumprem essas palavras no texto?

  • Reler o texto em voz alta, com apoio do cartaz ou do texto projetado: explicando os tipos de palavras que servem para identificar as “partes” do texto e as informações apresentadas (lugar, tempo, acontecimento, finalidade, causa/motivo, consequência, comparação, exemplo, etc.).
  • Dividir a turma em pequenos grupos e distribuir etiquetas com algumas dessas mesmas categorias. Propor que analisem a organização da segunda parte do texto, que explica as causas e consequências das ações dos portugueses e dos indígenas.
    • ACONTECIMENTO
    • FINALIDADE
    • CAUSA / MOTIVO
    • CONSEQUÊNCIA
    • DEFINIÇÃO
  • Após o trabalho em pequenos grupos, discutir e elaborar e uma versão coletiva da análise para publicar no mural da sala. Sugerir que os alunos ressaltem as expressões que os ajudaram a identificar as causas e consequências mencionadas no texto (“interessou”, “porque”, “para”, “por isso”).
Organização da turma Materiais
Esta atividade deve ocorrer em duas etapas: a primeira, conduzida pelo professor; a segunda, realizada em duplas ou pequenos grupos
  • Você precisará de uma versão do texto “espacializado” ou reformatado em cola et commata (seja uma transcrição na lousa, um cartaz impresso ou uma projeção utilizando datashow).
  • As crianças também devem ter acesso a uma folha com essa versão do texto, além de etiquetas recortáveis com as categorias de análise.

Ao reler os textos com a mediação do professor, os alunos têm a oportunidade de identificar, localizar, anotar e comentar a linguagem utilizada para descrever, relatar, explicar o que aconteceu, com quem, como, por que, etc. Por sua vez, você como professor tem a chance de observar o raciocínio dos alunos para oferecer pistas ajustadas às necessidades de cada um no processo de aprendizagem. 

Para isso, propomos:

  • Retomar e aprofundar a compreensão das questões levantadas antes da primeira leitura desse texto em particular.
  • Colocar em prática um conjunto de procedimentos de análise, tanto do vocabulário quanto da organização do texto, a fim de que os alunos ganhem autonomia para enfrentar a tarefa de ler para aprender.

Então, porque, depois, por isso, como – que funções cumprem essas palavras no texto?

Com esse tipo de atividade os alunos podem se tornar sensíveis às palavras que oferecem indicações sobre as relações apresentadas no texto e assim são capazes de identificá-las – no caso dos textos de História, relações temporais e causais.

Durante a releitura e análise de trechos, podemos ressaltar e comentar tais palavras e/ou indagar por sua identificação. Por exemplo, durante a leitura de um texto organizado temporal e causalmente, ler com ênfase e sublinhar conectores como “então”, “porque”, “por isso”, “depois”, “quando”, “como”, “consequentemente”, etc. Nesse processo, vale questionar:

  • O que essa palavra está indicando?
  • O que quer dizer esse "por isso"? Pois é, temos que estar atentos quando lemos e achamos um "por isso". Significa que o texto vai nos explicar as consequências ou efeitos de uma ação.
  • O que vem depois no texto?
  • Que tipo de informação vamos encontrar a seguir?

 

Exemplos de orientações e perguntas-guia

Após a leitura

Como ajudar os alunos a integrar o que aprenderam com o texto?

Atividades para realizar em sala de aula

  • Converter o texto em lista de palavras, recuperando:
    • Quem participava da exploração do pau-brasil?
    • O que os portugueses ganhavam? Por que?
    • E os indígenas? Quais palavras nos informam o que eles faziam no processo de extração do pau-brasil?
    • O que recebiam em troca?
  • Elaborar representações esquemáticas sobre o processo de exploração do pau-brasil, a partir do vocabulário do texto.
    • Propor que os alunos registrem as palavras do texto em cartões recortáveis que serão utilizados nos esquemas.
    • Exemplificar o procedimento de esquematização na lousa, mostrando a necessidade de uso de linhas e flechas para conectar as palavras do texto.
    • Ajudar os pequenos grupos a identificar conteúdos-chave que podem ser ilustrados.
    • Convidá-los a trocarem suas produções e avaliarem as semelhanças e diferenças entre elas, antes de fixá-las no mural da sala dedicado ao estudo de História.
Organização da turma Materiais
Esta atividade deve ocorrer em duas etapas: a primeira, conduzida pelo professor; a segunda, realizada em duplas ou pequenos grupos.
  • Cartões recortáveis para registrar as palavras do texto.
  • Folhas sulfite para a elaboração dos esquemas.
  • Lápis de cor para as ilustrações e demais elementos gráficos.

Assim, espera-se que possam:

  • Usar o que compreenderam para reescrever o conteúdo do texto ou representá-lo esquematicamente (por meio de linhas do tempo, diagramas de fluxo, etc.).
  • Apropriar-se da linguagem dos textos na medida em que vão utilizando-a para comunicar o que aprenderam.
  • Explicitar as conquistas alcançadas e identificar aspectos que ainda precisam ser alvo do trabalho educativo.

Para isso é fundamental que o professor dê espaço para os alunos enfrentarem os desafios propostos, sem “atalhos” que os levem a uma resposta aparentemente certa mas que pouco os ajude a estabelecer conexões por si mesmos e explicitar seu próprio raciocínio para consolidar as aprendizagens propiciadas.

Converter o texto em lista de palavras

Para atentar-se ao vocabulário é necessário retirar as palavras do contexto textual, isto é, extraí-las e reorganizá-las em formato de lista para que possam ser manipuladas.

A manipulação das palavras do texto cria oportunidades para os alunos reconstruírem e representarem esquematicamente as informações estudadas. Isto porque, ao ter em mãos o vocabulário “fora do texto”, é gerado um desafio conceitual que exige o restabelecimento de conexões entre fatos e ideias.

Nesse processo, os alunos podem recorrer a diferentes estratégias para classificar e reconstruir: “Quem fez o quê? Por quê? Para quê? De que modo?”. O desenvolvimento desse tipo de atividade torna visível o raciocínio dos alunos, permitindo que eles mesmos verifiquem a compreensão do texto.

Exemplos de orientações e perguntas-guia