Planejamentos

Texto “Em direção ao fim da escravidão”

Aprender sobre o tipo de palavras que explicitam quando um evento ocasiona outro.

  • Fazer esquemas para analisar trechos textuais
  • Elaborar representações esquemáticas – linha do tempo
  • Conexão causal explícita
  • Referências anafóricas
  • EF04HI03 - Identificar as transformações ocorridas na cidade ao longo do tempo e discutir suas interferências nos modos de vida de seus habitantes, tomando como ponto de partida o presente.
  • EF04HI10 - Analisar diferentes fluxos populacionais e suas contribuições para a formação da sociedade brasileira.
Passo 1

Definir os objetivos de aprendizagem

A partir da leitura desse texto, espera-se que os alunos compreendam alguns dos motivos que levaram o governo do Brasil a começar a implementar medidas em prol da abolição do trabalho escravo no país, identificando os agentes e fatos envolvidos nesse processo.

Texto

Em direção ao fim da escravidão

Em direção ao fim da escravidão

No século 19, alguns países europeus, por motivações econômicas ou humanitárias, passaram a ter interesse em abolir o trabalho escravo. A Inglaterra, por exemplo, já tinha abolido a escravidão em seus domínios, e isso fez com que o açúcar produzido nas Antilhas inglesas se tornasse mais caro que o produto brasileiro. Esse foi um dos principais motivos que levaram a Inglaterra a pressionar o Brasil pelo fim da escravidão.

Em 1850, o governo brasileiro cedeu à pressão dos ingleses e extinguiu o tráfico de escravos com a Lei Eusébio de Queirós.

Fonte: 

EDIÇÕES SM. Aprender Juntos: Ciências, História e Geografia. 4º ano, 1ª edição. p. 130. São Paulo, SP, 2017.

Relação do texto com a BNCC de História

Os materiais lidos até o momento relatam as ações empreendidas pelos portugueses na busca de riquezas no nosso território, utilizando mão de obra não só dos povos indígenas mas também de populações de origem africana que foram escravizadas e obrigadas a realizar atividades econômicas que geravam lucro aos colonizadores.

Ao permitir que os alunos conheçam os fatos e os agentes envolvidos no processo que levou à abolição formal do tráfico de pessoas escravizadas, a leitura desse texto pode contribuir para entender as primeiras medidas oficiais “em direção ao fim da escravidão” à luz das características da sociedade brasileira estudadas anteriormente. Torna-se possível, assim, refletir sobre como os fluxos migratórios, tanto os voluntários quanto os forçados, influenciaram e foram influenciados pela relação do Brasil com outros países do mundo (EF04HI10).

Além disso, o texto oferece oportunidades para que os alunos identifiquem as transformações ocorridas ao longo do tempo: o que mudou (os produtos comercializados e os locais de exploração) e o que permaneceu (a condição de escravidão imposta à população negra e sua permanente resistência). Desse modo, há espaço para uma discussão mais ampla sobre a proximidade temporal do fim da escravidão com o tempo presente, bem como sobre as “motivações humanitárias e econômicas” do passado e de hoje, contextualizando reflexões atuais como as políticas de reparação e de combate às desigualdades raciais (EF04HI03).

Código BNCC Habilidade da área de História
EF04HI03 Identificar as transformações ocorridas na cidade ao longo do tempo e discutir suas interferências nos modos de vida de seus habitantes, tomando como ponto de partida o presente.
EF04HI10 Analisar diferentes fluxos populacionais e suas contribuições para a formação da sociedade brasileira.

Relação das atividades com a BNCC de Língua Portuguesa

Conforme será detalhado nos próximos passos, as atividades que propomos para ensinar e aprender a estudar textos, além de favorecer a apropriação de conhecimentos históricos, contribuem para alcançar objetivos previstos nas diretrizes da área de Língua Portuguesa. 

Na medida em que os alunos são convidados a participar da leitura, comentário e análise de textos, espera-se que desenvolvam também conhecimentos letrados próprios dos campos de estudo e pesquisa, incluindo os eixos de:

  • Oralidade
  • Análise linguística/semiótica
  • Leitura/escuta
  • Produção de textos
Passo 2

Entender o texto para ensinar melhor

Para tomar decisões sobre como organizar o trabalho pedagógico em torno da leitura de um determinado texto, é importante atentar-se não só ao conteúdo histórico estudado, como também à forma em que ele é apresentado.

A partir de uma análise minuciosa das características da linguagem de cada texto, como a que apresentamos a seguir, é possível antecipar intervenções produtivas a serem incorporadas no seu planejamento.

Veja o resultado da anotação do texto

Depois de analisar detalhadamente o texto “Em direção ao fim da escravidão”, sugerimos elaborar um quadro de síntese que ajude a visualizar a relação entre conteúdo e linguagem que estará em jogo durante as atividades de leitura.

Veja o quadro de análise desse texto

Conforme pode ser visto no quadro acima, os PARTICIPANTES do texto correspondem a entidades não humanas:

  • Por um lado, “alguns países europeus” e, particularmente, “a Inglaterra” referem-se aos governantes que, em nome da população desses locais, tomaram decisões que influenciaram os eventos que posteriormente ocorreram no Brasil.
  • Por outro lado, os pronomes demonstrativos “isso” e “esse” retomam essas decisões, tornando-as “agentes” que contribuíram à eventual abolição do tráfico de pessoas escravizadas no nosso país.

Os ACONTECIMENTOS explicam as motivações dos governantes europeus para pressionar o Brasil “em direção ao fim da escravidão”. O texto explicita essas relações de CAUSALIDADE por meio dos seguintes verbos e expressões: “por motivações econômicas ou humanitárias… passaram a ter interesse em”, “isso fez com que”, “foi um dos principais motivos que levaram… a”.

Os trechos analisados localizam os acontecimentos em um intervalo de TEMPO determinado (“no século 19”) e, nesse período, especifica-se o ano em que foi aprovada a Lei Eusébio de Queirós (“em 1850”).

Saiba mais

Para entender melhor as características do texto, alguns conceitos podem ser úteis.

1. Conexão causal explícita: É aquela que torna evidente ao leitor as relações de causalidade instituídas entre os acontecimentos narrados por meio do uso de palavras ou expressões específicas. Nos exemplos a seguir, vemos uma variedade delas, chamadas conectores causais.

2. Referências anafóricas: Durante o desenvolvimento textual, participantes, temas ou fatos são retomados de várias maneiras. Isto ocorre por meio de pronomes pessoais (“ele”, “ela”, “eles”), possessivos (“se”, “sua”) e demonstrativos (“esse”, “este”, “aquele”); marcas verbais de tempo e pessoa (“encontraram”, “lutaram”, “procurou”); e outros elementos que remetem a palavras ou enunciados do texto. Vejamos um exemplo.

MODERNA. Projeto Buriti – História. 4º ano, 1ª edição. p. 96. São Paulo, SP, 2011.

A palavra “nelas” se refere às terras onde moravam os indígenas cariris, que foram descritas no trecho anterior do texto (“perto do Rio Parnaíba e do Rio São Francisco”). Dessa forma, são substituídas 21 palavras por uma só.

Passo 3

Usar a linguagem para melhorar compreensão

O texto “Em direção ao fim da escravidão” pode ser considerado uma explicação histórica.

As primeiras linhas estabelecem uma relação causal entre o interesse dos governantes europeus em proibir o trabalho de pessoas escravizadas e “motivações econômicas ou humanitárias”. Contudo, apenas as motivações econômicas são exploradas no texto, a partir do exemplo da Inglaterra.

Os acontecimentos subsequentes também são organizados causalmente para explicar as consequências da abolição da escravidão esse país:

  • Com a abolição da escravidão, o preço do açúcar produzido nos territórios dominados pela Inglaterra devia considerar o valor remunerado às pessoas que realizavam o trabalho de produção.
  • Por isso, tornou-se mais caro que o açúcar brasileiro, que ainda dependia da exploração da mão de obra de pessoas escravizadas.

O texto explica também que essas consequências ocasionaram novas transformações. Mas, para compreender os nexos causais implícitos no texto, é preciso inferir que:

  • O açúcar brasileiro, por causa do seu preço de venda, passou a ser mais atraente para os consumidores desse produto.
  • Em consequência, a Inglaterra perdeu vantagens comerciais em relação ao Brasil.
  • Por esse motivo, a Inglaterra começou a pressionar o Brasil para acabar formalmente com a escravidão.

Um dos maiores desafios para os alunos será entender “por que” um determinado evento foi decorrente de outro. Ajudá-los a formular perguntas, levantar hipóteses e procurar novos materiais de referência será fundamental para complementar aquilo que esse texto sozinho não consegue abordar.

Passo 4

Juntando as peças do quebra-cabeça

A seguir, propomos um conjunto de atividades a serem realizadas antes, durante e depois da leitura do texto “Em direção ao fim da escravidão”, considerando os aspectos da linguagem que foram analisados nos passos anteriores.

Para te ajudar a enriquecer a implementação das atividades na prática, disponibilizamos explicações detalhadas e exemplos de perguntas-guia para cada etapa proposta.

Ao final da página, você poderá baixar gratuitamente os materiais necessários para o trabalho em sala de aula.

Antes da leitura

Como preparar os alunos para aprender com o texto?

Atividades para realizar em sala de aula

  • Resumir o que se conhece sobre o tema:
    • Explicar aos alunos que durante o ano letivo conheceram diferentes marcos históricos relacionados ao Brasil colonial.
    • Propor a elaboração de uma linha de tempo na lousa para sintetizar o que foi estudado até o momento e antecipar o próximo tema a ser aprofundado: o processo que levou à abolição do tráfico de pessoas escravizadas no Brasil, por meio da Lei Eusébio de Queirós, em 1850.
    • Para isso, recuperar coletivamente os principais acontecimentos relatados em cada texto e localizá-los temporalmente, indicando o ano ou período em que ocorreram.
  • Pensar no texto a partir do título.
  • Listar dúvidas, conjecturas e perguntas sobre o tema: Em que circunstâncias aconteceu o processo de abolição formal do tráfico de pessoas escravizadas no Brasil?
Organização da turma Materiais
Realização de forma coletiva
  • Texto original.
  • Lousa ou cartaz para registrar os acontecimentos estudados, bem como as questões e conjecturas dos alunos.

Por isso, as perguntas e intervenções do professor devem:

  • Mobilizar o que os alunos já sabem, a fim de ancorar o estudo do texto nos seus conhecimentos prévios.
  • Ajudar a explicitar as dúvidas e curiosidades dos alunos sobre o conteúdo.

Dessa forma, é possível criar um propósito compartilhado para a leitura que oriente a recepção geral do texto.

Resumir o que se conhece sobre o tema

Nós, professores, podemos ajudar a recuperar as explicações e compreensões que os alunos têm construído sobre o tema antes da leitura, lembrando experiências, narrações, atividades realizadas em sala, etc.

Neste caso específico, uma maneira de discutir o processo que levou o Brasil “em direção ao fim da escravidão” é recontando a sequência de acontecimentos estudados até o momento para refletir sobre o que mudou e o que permaneceu da mesma forma ao longo do tempo.

Durante a leitura

Como ler em voz alta para favorecer a compreensão?

Atividades para realizar em sala de aula

  • Realizar uma leitura expressiva, em voz alta, do texto: mudando a entonação para destacar expressões que indicam causalidade entre os acontecimentos relatados (“por motivações econômicas ou humanitárias… passaram a ter interesse em”, “isso fez com que”, “foi um dos principais motivos que levarama”).
  • Retomar as principais informações apresentadas e identificar a necessidade de releitura do texto, verificando conjuntamente as questões que ainda não foram resolvidas.
Organização da turma Materiais
Realização de forma coletiva
  • Texto original.
  • Lousa ou cartaz para verificar as hipóteses e conjecturas registradas antes da leitura

Para isso, ouvir a leitura em voz alta feita por um leitor mais experiente pode ajudar a focalizar a atenção compartilhada dos alunos sobre o texto. Neste momento, algumas intervenções são importantes:

  • Antecipar formas de usar a sua voz e seus gestos para dar ênfase ao que o texto diz, a como diz, ao que quer dizer.
  • Promover a identificação conjunta de questões que não foram resolvidas e precisam de um estudo mais aprofundado do texto.

Como professor, você já estudou conosco aspectos relacionados ao conteúdo e à linguagem dos textos e, por essa razão, é capaz de ajudar os alunos a explicitar suas incompreensões e formular novas perguntas, motivando-os a participar das atividades de releitura e a realizar anotações no texto.

Realizar uma leitura expressiva, em voz alta, do texto

A leitura em voz alta que propomos é aquela feita pelo professor, que se coloca como modelo de leitor para seus alunos.

Por ter estudado o texto em profundidade e conhecer os objetivos de aprendizagem esperados, o professor consegue enriquecer a leitura com gestos faciais e corporais apropriados, modificando o volume e o tom de voz para ajudar a manter e guiar a atenção dos aprendizes.

O uso intencional da voz, dos gestos faciais e corporais estimula a percepção de maior número de detalhes e o acompanhamento do fluxo da informação e das relações expressas, dando aos alunos a oportunidade de pensar mais e melhor sobre aquilo que está sendo explicado no texto.

Identificar a necessidade de releitura do texto

Após a leitura em voz alta, o professor novamente será o encarregado de agir como modelo de quem formula perguntas ao texto e reconhece aquilo que ainda gera dúvidas, convidando os alunos a participar das atividades de releitura e anotação.

Questões como essa podem ajudar os estudantes a perceber a necessidade de ampliar a sua compreensão do vocabulário do texto e, com isso, aprofundar os conceitos apresentados.

Aprofundando a leitura

Como explorar juntos o vocabulário e a estrutura do texto?

Atividades para realizar em sala de aula

  • Então, porque, depois, por isso, como – que funções cumprem essas palavras no texto?
    • Anotar o texto, com apoio do cartaz ou do texto projetado.
    • Formular perguntas que levem os alunos a localizar e citar as partes do texto que respondem aos objetivos de compreensão: Que parte do texto explica por que…?
    • Destacar expressões como “por motivações”, “fez com que” e “motivos que levaram… a”, usadas para apresentar relações de causalidade no texto: “Que palavras nesse trecho indicam por que...?”
  • Esquematizar o texto: fazer esquemas para analisar trechos textuais
    • Exemplificar o uso das anotações realizadas no texto para selecionar as palavras que devem ser incluídas nos esquemas: Quem fez o quê? Por quê?
    • Mostrar aos alunos diferentes formas de organizar essas informações graficamente, utilizando o espaço (vertical e horizontal) bem como elementos que ajudem a representar as conexões entre elas (flechas, linhas, etc.).
    • Envolver os alunos em uma leitura dos esquemas para complementá-los e entender melhor seu funcionamento.
Organização da turma Materiais
Essa é uma atividade coletiva, organizada em dois momentos.
  • No primeiro momento, você precisará de uma versão do texto “espacializado” ou reformatado em cola et commata (seja uma transcrição na lousa, um cartaz impresso ou uma projeção utilizando datashow). As crianças também devem ter acesso a uma folha com essa versão do texto.
  • Para o segundo momento da atividade, você utilizará a lousa e, as crianças, os próprios cadernos.

Ao reler os textos com a mediação do professor, os alunos têm a oportunidade de identificar, localizar, anotar e comentar a linguagem utilizada para descrever, relatar, explicar o que aconteceu, com quem, como, por que, etc. Por sua vez, você como professor tem a chance de observar o raciocínio dos alunos para oferecer pistas ajustadas às necessidades de cada um no processo de aprendizagem. 

Para isso, propomos:

  • Retomar e aprofundar a compreensão das questões levantadas antes da primeira leitura desse texto em particular.
  • Colocar em prática um conjunto de procedimentos de análise, tanto do vocabulário quanto da organização do texto, a fim de que os alunos ganhem autonomia para enfrentar a tarefa de ler para aprender.

Esquematizar o texto: fazer esquemas para analisar trechos textuais

Ainda que desde o início da escolaridade os alunos tenham contato com diagramas e tabelas, é necessário participar de múltiplas situações de uso desse tipo de ferramenta gráfica a fim de compreender sua natureza e funções.

Por isso, nós devemos mostrar às crianças como o ato de esquematizar pode apoiar o estudo de textos das várias disciplinas. Esquematizar supõe extrair e dispor as informações apresentadas em um novo espaço com a finalidade de representar o modo como se relacionam: o que faz parte do que, o que é causa e o que é consequência, etc.

Trata-se de uma proposta desafiante que exige:

  • passar de um modo linear e contínuo (texto) a um modo fragmentado e descontínuo (palavras e expressões em boxes, conectados com linhas e flechas);
  • selecionar a informação-chave, ou seja, identificar as palavras e expressões que melhor sintetizam as ideias do texto;
  • organizar as unidades informativas do texto, de forma coerente, no espaço gráfico.

 

Exemplos de orientações e perguntas-guia

Após a leitura

Como ajudar os alunos a integrar o que aprenderam com o texto?

Atividades para realizar em sala de aula

Elaborar representações esquemáticas – linha do tempo ilustrada

  • Recuperar a lista de acontecimentos elaborada antes da leitura e complementar com as informações contidas nos esquemas: O que aconteceu? Quando?
  • Propor que, organizados em pequenos grupos, os alunos selecionem os acontecimentos históricos a serem representados por meio de desenhos:
    • Ajudá-los a identificar quais conteúdos-chave podem ser ilustrados (personagens, objetos, ações).
    • Acompanhar a elaboração de rótulos e legendas explicativas.
  • Por meio do uso de linhas e flechas, localizar os acontecimentos e suas respectivas ilustrações em uma linha do tempo que será exposta no mural da sala (ver modelo abaixo). Realizar uma leitura final, integrando as principais informações estudadas.

 

Organização da turma Materiais
Essa é uma atividade composta de dois momentos, um de participação coletiva e outro de trabalho em pequenos grupos.
  • Lousa para registrar os acontecimentos estudados.
  • Folhas sulfite e lápis de cor.
  • Mural ou espaço na sala para fixar a linha do tempo coletiva.

Formato de linha do tempo para registrar coletivamente os acontecimentos estudados.

Assim, espera-se que possam:

  • Usar o que compreenderam para reescrever o conteúdo do texto ou representá-lo esquematicamente (por meio de linhas do tempo, diagramas de fluxo, etc.).
  • Apropriar-se da linguagem dos textos na medida em que vão utilizando-a para comunicar o que aprenderam.
  • Explicitar as conquistas alcançadas e identificar aspectos que ainda precisam ser alvo do trabalho educativo.

Para isso é fundamental que o professor dê espaço para os alunos enfrentarem os desafios propostos, sem “atalhos” que os levem a uma resposta aparentemente certa mas que pouco os ajude a estabelecer conexões por si mesmos e explicitar seu próprio raciocínio para consolidar as aprendizagens propiciadas.

Elaborar representações esquemáticas – linha do tempo

A linha do tempo é uma ferramenta utilizada para organizar, visualizar e localizar temporalmente os acontecimentos estudados. Representa a passagem contínua do tempo e oferece um espaço gráfico para identificar se os acontecimentos ocorreram de forma cronológica ou simultânea, bem como seu período de duração.

Como os alunos desta faixa etária ainda estão se iniciando na compreensão das representações gráficas utilizadas para comunicar informações históricas, é importante que acumulem experiência lendo e elaborando linhas do tempo com apoio do professor.

Desse modo, os alunos podem:

  • observar em que consistem e como funcionam esses recursos;
  • usá-los repetidas vezes para apoiar suas próprias explicações;
  • participar de sua elaboração conjunta na lousa ou em outros suportes.

 

Representar com textos breves conectados a imagens

Para complementar a elaboração de linhas do tempo com esta proposta, é necessário orientar os alunos na identificação dos conteúdos que podem ser desenhados, bem como dos textos que precisam ser escritos para conectar essas novas imagens.

A produção de desenhos oferece aos alunos a chance de materializar seus raciocínios, criando oportunidades para a verificação da própria compreensão de significados, além de promover maior envolvimento com a compreensão dos temas estudados.

O produto final deve ser lido de forma concatenada, ou seja, as relações entre imagens e textos devem estar marcadas pela proximidade entre eles ou pelo uso de elementos gráficos como linhas e flechas.