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Modos de fazer

A observação da implementação do projeto Aprender a Estudar Textos em diversas salas de aula nos permitiu identificar ações pedagógicas-chave para garantir o desenvolvimento das atividades propostas de forma a alcançar os objetivos de compreensão esperados. Convidamos você a identificá-las, a refletir sobre elas e a estudar formas de interação que favorecem mais e melhor aprendizagem.

A seguir, focalizamos modos de fazer a serem procurados e evitados no momento de aprofundar a leitura, a partir de exemplos baseados no texto "Formas de resistência à escravidão".

MODERNA. Projeto Buriti – História. 4º ano, 3ª edição. p. 68. São Paulo, SP, 2014.

Ao estudar um texto de História, os alunos enfrentam desafios concomitantes: apropriar-se dos conhecimentos históricos em pauta e aprofundar-se no conhecimento da linguagem utilizada para representá-los. Para isto, é importante contextualizar as atividades, perguntas e intervenções propostas. Muitas vezes, começamos dando o comando do que os alunos devem fazer – prestando atenção à forma, deixando em segundo plano o conteúdo.

Veja este exemplo:

Observe que o professor ficou preso exclusivamente à identificação das palavras que indicam quem são os participantes, acontecimentos, tempos e lugar, perdendo de vista o sentido do texto. Este tipo de atividade tem por função justamente garantir maior compreensão por parte dos alunos, estabelecendo relações sobre (e entre) o conteúdo.

Claro que em alguns momentos pode ser necessário o trabalho específico com as palavras do texto. Porém, no exemplo analisado, a releitura e análise da estrutura do texto acabou se tornando mecânica para os alunos, pois o desafio ficou restrito a apenas identificar e anotar, sem que isto fosse um real auxílio para a aprendizagem.

Para entrar no mundo do conhecimento é preciso estar sempre atento ao conhecimento estrutural sobre os textos e sua forma, sem perder de vista os objetivos de aprendizagem relacionados aos conteúdos da área de História. Por esta razão, toda atividade deve ser planejada de forma a considerar a inclusão dos alunos nestas duas esferas.

Veja, no exemplo a seguir, como a professora contextualizou as temáticas abordadas no texto, retomou conceitos já trabalhados e, a partir dessa discussão, também localizou trechos e palavras utilizadas para descrever as ações dos sujeitos históricos estudados.

Neste caso, a professora transformou a atividade de identificação de palavras-índice em uma ferramenta para maior aprofundamento e compreensão das relações que estão em pauta no texto. E, concomitantemente, os alunos tiveram a oportunidade de se apropriar da estrutura do texto.