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Relato do 4º ano - Texto 2: "Extrair riquezas"

Relato reflexivo das atividades realizadas a partir da leitura e estudo do texto “Extrair riquezas".

Objetivos de aprendizagem dos conteúdos, de acordo com o Manual do Professor:

  • Entender a importância econômica do pau-brasil para Portugal.
  • Compreender as características e as funções das feitorias.
  • Reconhecer que os indígenas eram a principal mão de obra utilizada na extração e no transporte do pau-brasil até os navios.
  • Compreender o processo de escambo entre portugueses e indígenas.

Principais questões a serem discutidas com os alunos:

  • Para que se extraía o pau-brasil?
  • Como era a exploração do pau-brasil? Quem participava? O que faziam? Para quê? O que obtinham?

MODERNA. Projeto Buriti – História. 4º ano, 3ª edição. p. 54. São Paulo, SP, 2014.

Retomei a principal conclusão que extraímos da leitura do texto anterior sobre o porquê de os portugueses aprenderem costumes indígenas e sua principal motivação. Isso me ajudou a introduzir o tema do novo texto: "Extrair riquezas".

Chamei a atenção dos alunos sobre o fato de que ainda que o título não informe quem extrai as riquezas, é possível concluir a quem se refere. Assim, introduzi o tema sobre como os portugueses começaram a "explorar as terras e buscar riquezas” no Brasil.

Registro a seguir algumas das minhas intervenções, organizadas com base nos propósitos didáticos perseguidos a cada momento:

Ativar conhecimentos prévios

  • Como os portugueses começaram a enriquecer quando aqui chegaram? O que fizeram?
  • Lendo os subtítulos presentes no texto temos alguma pista? E olhando as imagens?
  • Alguém sabe o que é o pau-brasil? Já viram um?

Formular conjecturas a partir do título

  • Que perguntas vocês acham que vamos resolver com a leitura do texto? Uma delas poderia ser: Para que se extraía o pau-brasil?
  • Além de "para que", também é possível que o texto explique: Em que consistia essa exploração? Quem fazia o trabalho pesado? Por quê?

Lembrei os alunos do objetivo desta primeira leitura e do comportamento que esperava deles.

Fiz a leitura em voz alta e expressiva, colocando ênfase nas palavras e expressões que indicavam relações entre as informações (porque, para, em troca, por isso).

Convidei-os a tentarem responder às perguntas que formulamos antes de ler o texto e aproveitei para colocar em destaque a importância de reler um texto para compreendê-lo com maior profundidade.

Comecei a releitura, exemplificando no primeiro segmento do texto o procedimento de anotação e localização das informações procuradas. Retomando o processo de anotação que fizemos com o texto anterior, enfatizei que quando estudamos um texto devemos identificar como este está organizado:

  • O que ele nos apresenta primeiro?
  • E depois?

Expliquei o tipo de conceitos/palavras que utilizamos para identificar as partes e a organização do texto e, assim, poder comentá-lo de forma mais precisa. Introduzi palavras como: personagens, lugar, tempo, acontecimento, finalidade, causa, motivo, consequência, comparação, exemplo, etc.

Deste modo, propus aos alunos que tentassem analisar a segunda parte do texto, frisando que nessa parte encontrariam o relato de acontecimentos e a explicação das causas e consequências de algumas ações dos portugueses e dos indígenas.

Organizei os alunos em pequenos grupos e entreguei a eles papeizinhos com as categorias que poderiam usar:

ACONTECIMENTO
FINALIDADE
CAUSA
CONSEQUÊNCIA
DENOMINAÇÃO

Também entreguei alguns papéis em branco, caso encontrassem novas categorias. Exemplifiquei o procedimento, lembrando da análise feita na primeira parte.

Durante o desenvolvimento da atividade, circulei entre as mesas formulando perguntas para ajudá-los a recontar os conteúdos lidos e verificar a categoria anotada. Após esse trabalho, fizemos uma versão coletiva de análise da segunda parte do texto. Todos os grupos foram convidados a explicar a organização identificada:

  • Como a segunda parte começa?
  • O que ela nos relata primeiro? O que vem em seguida?

Pedi aos alunos para ressaltarem palavras e expressões que revelavam as causas ou motivações da exploração do pau-brasil (interessou, porque, para, por isso).

Organizados em grupos, propus aos alunos a composição de um esquema ilustrado sobre o processo de exploração do pau-brasil. Na lousa, planejamos juntos os conteúdos que deveriam ser destacados:

Identificar vocabulário do texto

  • Quem participava na exploração? O que fazia? O que ganhava?
  • Quais palavras nos informam o que os indígenas faziam no processo de extração do pau-brasil?
  • Isso mesmo, cortar o pau-brasil. Então temos que:

 

Perguntei sobre o que poderíamos desenhar para demonstrar a exploração do pau-brasil. Elaboramos na lousa um esquema com flechas que indicavam a sequência do processo e pequenos boxes com legendas explicativas.

Circulando entre as mesas, retomei com os grupos as principais informações discutidas e as possibilidades do uso da folha em branco e de elementos gráficos para fazer o esquema.

Por fim, convidei os grupos a trocarem suas produções e a avaliarem as semelhanças e diferenças entre elas, antes de fixá-las no mural da sala dedicado ao estudo de História. Seguem algumas das perguntas que sugeri para orientar a discussão nos pequenos grupos:

  • Todos ilustraram as mesmas informações?
  • Houve algum esquema mais completo? Por quê?