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O papel dos textos didáticos

Os textos didáticos são um dos principais instrumentos pedagógicos que ajudam os alunos a aumentar seu conhecimento e compreensão do mundo. Constituem a base documental da educação [1] e são considerados uma fonte de informação autorizada. Por isso, costumam funcionar como currículo na sala de aula [2].

No Brasil, o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) é responsável pela avaliação, seleção e distribuição gratuita de coleções de textos didáticos para todas as disciplinas do Ensino Fundamental, atingindo milhões de estudantes e professores das redes públicas de ensino.

No entanto, como objetos culturais portadores de textos, os livros didáticos precisam ser explorados de forma intencional. Nesse sentido, os professores têm um importante papel na mediação entre os alunos e os textos. É preciso aprender a ler e a falar sobre os textos e, assim, compreender e se apropriar do modo como funcionam a linguagem e a escrita para representar conhecimentos diversos.

Para ajudar os alunos a ler com autonomia e compreender em profundidade os conteúdos dos textos, os professores devem, entre outras coisas, entender quais são suas principais características.

No projeto Aprender a Estudar Textos oferecemos uma introdução às características da linguagem dos textos escolares e descrevemos, de maneira específica, a linguagem dos textos de História. Tal caracterização é fruto de um estudo realizado em 2015 e 2016, a partir dos textos presentes em 10 coleções de livros didáticos de História destinados a turmas de 4º e 5º ano do Ensino Fundamental.

Segundo os dados estatísticos apresentados pelo FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), os exemplares analisados representam aproximadamente 70% dos livros distribuídos pelo Ministério de Educação no PNLD 2016 para a disciplina de História. As estatísticas estão disponíveis no site do FNDE.

Referências bibliográficas

[1] Horowitz, R., & Olson, D. (2007). Texts that talk: The special and peculiar nature of classroom discourse and the crediting of sources. In R. Horowitz (Ed.). Talking texts. How speech and writing interact in school learning (pp. 55-90). Mahwah, NJ: Lawrence Erlbaum Associates.
[2] Moss, G. (2006). Textbook language, teacher mediation, classroom interaction and learning process: The case of natural and social Science textbooks in Barranquilla, Colombia. In B. Leial & T. Berber Sardinha (Eds.). Proceedings of the 33rd International Systemic Functional Congress (pp. 879-894). São Paulo: PUCSP.